quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Que Não É o que não pode ser...

O título  de hoje roubei de uma música dos Titãs, e expressa exatamente o que eu sentia até bem pouco tempo, porque "a ficha demorou muito para cair".
Parecia apenas uma espinha na panturrilha, nem dei importância, com o tempo foi crescendo e ficou parecendo algo como um cabelo inflamado, por  Deus não mexi e não deixei ninguém mexer.
Em outubro de 2012 percebendo que a tal espinha só crescia, resolvi procurar um dermatologista ( para "gastar meu plano de saúde). Fizemos um ultrasson e os médicos suspeitavam de um cisto sebáceo. Eu ia ter que entrar na faca, pela primeira vez!
Fiz a pequena cirurgia e o cirurgião me informou que enviaria o caroço para uma biópsia.
- Hã??? pra quê??? - perguntei.
- É praxe, ele disse.
Depois de uma longa espera vem o resultado: O PERFIL  IMUNO-HISTOQUIMICO ASSOCIADO AOS ACHADOS FAVORECE O DIAGNÓSTICO DE SARCOMA INDIFERENCIADO DE ALTO GRAU (FIBRO-HISTIOCITOMA MALIGNO).
Traduzindo: é um tumor maligno muito raro, cerca de 1% do demais tipos de câncer no mundo, e muito agressivo.  Era hora de entrar na faca pela segunda vez.
Começava ali uma verdadeira maratona de exames, salas frias de consultórios, hospitais, eu que sempre tive medo de agulha, não podia ver sangue, agora ia ter que acostumar com tudo isso!
Fiz uma nova cirurgia, dessa vez com um oncologista - Dr Ricardo Cassino, no Hospital do Câncer de Muriaé. Foi um corte grande 24 pontos, o tumor precisava ser retirado com margem de segurança, e de lá para cá minha vida mudou bem e me encontro em tratamento!!! Ainda não sei quanto tempo vai durar, mas não estou mais me impotando com isso, quero é viver e ser feliz!



Detalhe da perna, acima da panturrilha, onde o tumor foi retirado.

" Agente nunca sabe o quanto é forte até que ser forte é a única opção que temos "

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